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Lula diz que queria se vingar de Moro na prisão; senador ‘repudia’ fala de presidente

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou pela primeira vez que, quando estava preso em Curitiba, tinha uma ideia fixa e a declarava quando recebia visitas formais de procuradores e delegados na cadeia. Segundo o petista, em todas as visitas as autoridades lhe perguntavam se estava bem. Lula diz que dava sempre a mesma resposta: “Só vai ficar bem quando eu f**** com o Moro”.

O presidente foi condenado e preso por sentença assinada pelo então juiz Sergio Moro (União Brasil), hoje senador pelo Paraná. O petista foi acusado de se beneficiar de desvios de recursos na Petrobras a partir de investigações na operação Lava Jato. A condenação acabou anulada por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que considerou a 13ª Vara Federal de Curitiba incompetente e Moro parcial ao julgar Lula.

“Uma coisa que eu tenho muito orgulho é que o procurador entrava para ver se estava tudo bem, eu falava: ‘Não está tudo bem. Vai ficar quando eu f**** esse [ex-juiz e hoje senador Sergio] Moro. Estou aqui [na cadeia] para me vingar dessa gente, e se preparem que eu vou provar’.”

Lula definiu a prisão foi “momento de resistência”: “Quantas vezes eu deitava naquela cama, de barriga para cima, olhando para o teto… é preciso muita força para sobreviver àquilo. Nem todo mundo suporta isso.”

A revelação de Lula sobre os dias da prisão foram feitas durante entrevista ao site 247. O presidente disse acreditar que a Lava Jato foi orquestrada pelo Ministério Público junto com autoridades do governo dos Estados Unidos para atacar as empreiteiras brasileiras.

Reação – Moro manifestou “repúdio” à fala do presidente, afirmando que o suposto discurso de ódio representaria risco à segurança dele e de sua família. “Nunca levei pro lado pessoal, eu nunca ofendi. Quando o presidente utiliza essa linguagem ofensiva, de baixo calão, ao meu ver ele gera até um certo risco pessoal para mim, para minha família. Falam muito do tal do discurso de ódio.”, declarou

O ex-juiz disse fazer “oposição racional” ao governo: “Fiz meu trabalho como juiz e estou agora fazendo meu trabalho como senador, estou na oposição, mas na oposição racional.”

Bem Paraná